O meu pai e o meu tio - ambos já falecidos - deram sucessão ao negócio fundado em 1933 pelo meu avô e pelo meu tio-avô. Estes últimos estabeleceram-se na Rua das Flores, 14, em Estremoz, e foi lá, na Adega dos Anões (assim ficou conhecida em Estremoz), que o negócio teve continuidade, já em 1955, pelos filhos de um (e sobrinhos do outro).
Em 1962, ano do meu nascimento, o meu pai comprou dois "barracões" contíguos, antigos celeiros, que integravam uma propriedade maior que, ali ao Gil, no passado teria pertencido a uma família inglesa. De tal divisão, resultou a sede de lavoura do Sr.Manuel Espadanal, as Conservas Rainha Santa (ameixa Rainha Cláudia confitada) do sr. Pardana e, mais tarde, os Vinhos Ramalho. Logo que a marca "Ramalho" foi registada com o n.º 191187, recebi instruções do meu pai para nunca jamais voltar a chamar "barracões" aos Armazéns Ramalho... uma nova época estava a chegar sob o seu impulso, pelo que havia de dar ares de dignidade mínima à evolução que se avizinhava.
Foi por ter visto as imagens que agora reproduzo que entendi justificar-se a pequena nota supra.